Relatório GESTAR II

Relatório: GESTAR II
Lançamento: Oficina introdutória: (4 horas)

Saudação aos cursistas pela coordenadora. Apresentação da professora-formadora.
Presença de algumas autoridades regionais .
Apresentação do GESTAR II pela coordenadora: ( em que consiste, como serão os encontros, atividades, presenças, horários...)

Após a abertura e exposição do GESTAR II, foi-me repassada a responsabilidade de dar continuidade aos trabalhos, dali para frente é só comigo.
- Iniciei com “O vôo da águia” e depois “A moça tecelã”. Fiz a dinâmica do barbante: três nós = três momentos importantes da vida profissional.
- Complementação sobre a proposta do GESTAR II, breve relato sobre a capacitação ocorrida em Treze Tílias.
- Apresentação do material: (comentários, primeira impressão)
- Guia geral






Início dos trabalhos TP3 (4 horas)
Gêneros textuais:
Levei para o encontro vários gêneros textuais: (recortes de revistas e jornais contendo notícias, charges; bulas de remédio, receitas, folders...) , distribuí entre os cursistas para que percebessem algumas características e diferentes funções. Surgiram outras sugestões de alguns gêneros que não estavam contemplados ali. Alguns cursistas comentaram que até então não classificavam tal material como gêneros.
Foi feita uma reflexão e discussão acerca da necessidade da escola explorar esses materiais. Como aproveitar a diversidade de gêneros nas aulas de língua portuguesa.
Intertextualidade, intergenerecidade...
O gênero literário e o não-literário...
Atenção especial ao gênero poético...
(Esta primeira parte foi extremamente produtiva. Percebi uma boa aceitação e uma grande empolgação por parte dos cursistas com relação ao curso.)

Tipologia textual:
Análise de alguns gêneros para perceber a tipologia textual utilizada, ou a que predomina;
Questionamento sobre os tipos textuais mais usados;
Que tipos são pouco usados.

- Atividade prática para os cursistas: selecionar uma notícia de jornal e transformá-la em poema.

Oficina(4 horas)
Atividades desenvolvidas pelos cursistas em sala de aula e relatados na oficina:
Foram atividades variadas e bem criativas. A maioria optou pelo tema “trabalho” e a partir daí foram explorados os mais diversos gêneros e tipologias textuais. Os textos da “formiga boa” e da “formiga má”, de Monteiro Lobato, foram muito bem explorados e, a partir deles, vária atividades foram desenvolvidas:
Notícia de jornal: “Cigarra é encontrada morta em noite de frio intenso”; “Formiga boa recebe Prêmio Nobel da Paz por praticar boa ação.”
Receitas: Bolo de formiga;
História em quadrinhos retratando a história;
Entrevistas: ( com a formiga boa, com a formiga má, com a cigarra...)
Júri: Formiga boa X Formiga má.
Poemas;
Ilustrações.

Com referência ao tema “Trabalho”, além dos textos do Monteiro Lobato, foram aproveitados outros textos pertinentes ao tema, dos TPs e AAs, bem como músicas e poemas.
Alguns cursistas optaram em filmar as atividades realizadas com seus alunos, organizando um CD para apresentação na oficina. Outras filmagens foram feitas pelos próprios alunos:
Conceitos sobre “trabalho”;
Diferentes tipos de trabalho: profissões;
Entrevistas com trabalhadores da comunidade;
Paródias;
Apresentação(vídeo) de clip da música “Construção” de Chico Buarque.
Trabalho com o poema “Operário em construção”
Produção de poemas.
Surgiram muitas idéias sobre atividades que podem ser desenvolvidas sobre determinados temas, envolvendo os mais variados gêneros e tipos textuais. Foi muito proveitoso e gratificante e os cursistas demonstraram satisfação.







TP4 – Leitura, escrita e cultura (4 horas)

Optei em iniciar o encontro com a leitura de parte de “O pequeno príncipe”: a raposa e o principezinho.
Além de fazer uma observação sobre a importância de lermos para os nossos alunos, teci uma reflexão acerca de “cativar” que encontramos no texto. Tornar significativo o que ensinamos, assim como o trigo se tornou significativo para a raposa. O ritual, a paciência, a afetividade. O essencial é invisível aos olhos. “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
O texto me pareceu perfeito para a motivação dos cursistas, sendo que voltamos várias vezes a ele, com inferências, durante o andamento dos trabalhos.


Para o TP4, organizei algumas partes em slides e outras eu aproveitei que nos foram repassadas na capacitação em Treze Tílias.

O letramento – o aluno e as situações sociocomunicativas;

Os autodidatas: Patativa do Assaré- percepção da importância da escrita; Paulo Freire – conhecimentos prévios facilitam a aprendizagem na escola.

O que mudou com relação a memória;
Os textos verbais e não-verbais;
Importância do letramento na leitura de imagens;
Como diminuir a distância entre a realidade e a escola, tornando significativo o que o aluno produz;
A produção de texto como final de um processo;
Algumas inferências quanto ao processo de leitura;
Leitura multimodal;
A escrita e a exclusão; se a escrita é poder, isso explica por que muitos são excluídos da sociedade.
Cultura: eventos da comunidade relacionados à leitura e à escrita. (situações sociocomunicativas)
Oficina (4 horas)
Atividades desenvolvidas em sala de aula pelos cursistas:

Em se tratando de época de Festas Juninas, foram apresentadas, em oficina, atividades muito interessantes, ficando evidente a valorização de diversos gêneros e tipos textuais, na leitura e na escrita:
Receitas de comidas típicas das Festas Juninas;
Lendas relacionadas;
Histórias em quadrinhos;
Festa Junina com a Turma da Mônica;
Cantigas típicas de Festas Juninas;
Festas Juninas na Região Nordeste;
Confecção de convites;
Linguagem típica;
As danças e as brincadeiras típicas.

Após a conclusão do TP4, achei pertinente assistirmos o filme “Narradores de Javé”. Foi excelente. Conversamos bastante sobre o filme e relacionamo-no ao que tínhamos visto até então nos TPs. A participação foi muito positiva.
Observamos a discussão apresentada no filme, que é a oposição entre história, memória e verdade – todas ligadas à cultura oral. Célebres frases como “Quem conta um conto aumenta um ponto”; “Existem três verdades: a minha, a sua e a que de fato é”; “O povo aumenta, mas não inventa” cabem ao enredo. Enfim, são verdades populares que estão na boca do povo e que são elemento-chave do filme. Porém, o mais relevante é o que se pode perceber quanto a importância da escrita; um elemento marginalizado – Antônio Biá – recebe status de herói e salvador da pátria, para escrever a grande história de Javé e, com isso, salvá-la da inundação com a construção de uma hidrelétrica.






TP5 – Estilo, coerência e coesão. (4 horas)

Estilística
Apresentação de algumas imagens em slides para conceituar Estilo.
A estilística no nível fonético (a sonoridade): Leitura dinâmica do poema “Trem de ferro” do Manuel Bandeira;
Os trava-línguas. Atividade prática com os cursistas: (Jogo do tabuleiro e dado: o participante avança casas conforme acerta a leitura dos trava-línguas).
A estilística no nível léxico: componentes semânticos e morfológicos;
A estilística e a sintaxe: Palavras são palavras (Pág. 36 TP5) . Dinâmica com os cursistas: Jogo com palavras desconhecidas.
A estilística e a enunciação. Discurso direto e indireto. Atividade prática.
No “Avançando na prática” da página 40 (TP5) o texto “PALAVRA” foi valorizado com associação de imagens e montagem no power point.

Coerência textual - um exercício semelhante a um “quebra-cabeça”.
Os cursistas acharam muito interessante essa comparação (quebra-cabeça) e alguns comentaram nunca ter pensado nisso. Surgiram vária idéias boas de atividades que podem facilitar o trabalho com alunos, visando a coerência textual.
Outro aspecto comentado foi o do conhecimento prévio. Os cursistas relataram algumas experiências de como o aluno escreve.
Levei duas atividades práticas para os cursistas. A primeira, são fragmentos de texto que se encaixam perfeitamente, porém completamente sem nexo. A segunda, um outro texto desordenado, que, colocado em ordem, se transforma numa bela narrativa.
As “Adivinhas” e a coerência textual. As “adivinhas” e o conhecimento prévio.
Os gêneros multimodais e a coerência entre o visual e o verbal. (Comentário).
O duplo sentido.

Coerência e coesão: (4 horas)
Estudamos no TP5 a diferença entre coerência e coesão e relacionei alguns exemplos.
A coesão = articulação
A lógica no texto;
A ambigüidade;
Atividades realizadas pelos cursistas: (4 horas)